A Pirâmide de Aprendizagem é amplamente difundida como uma abordagem pedagógica em que o nível de retenção por parte do aprendiz varia de acordo com a forma que ele se relaciona com o conteúdo.
Elas são associadas aos estudos de William Glasser (pirâmide de aprendizagem) e Edgar Dale (cone de experiência) e ganharam uma hierarquia em que foram quantificados percentuais para cada tipo de atividade.
A Teoria da Pirâmide de Aprendizagem
O psiquiatra estadunidense William Glasser (1925-2013) afirmava que nenhum ser humano é totalmente desmotivado. De acordo com ele, somos aptos a aprender por meio de canais intrínsecos. Eles estão presentes em cada um de nós, pela liberdade pessoal diante do ato de estudar.
É a partir deste conceito que ele propôs a Pirâmide da Aprendizagem, que defende que a aprendizagem assertiva, não se limita à memorização mecânica ou a técnicas com formas padronizadas de retenção.
Isto quer dizer que quanto mais nos relacionamos com o conhecimento de forma ativa, um maior número de informações serão assimiladas. Em suma, quanto mais canais de aprendizagem associamos na hora de aprender mais significativa e efetiva será a nossa aprendizagem.
Pesquisas sobre a Pirâmide de Aprendizagem
No artigo – “Pirâmides e cones de aprendizagem: da abstração à hierarquização de estratégias de aprendizagem” – os pesquisadores da Universidade do Norte do Paraná, Fábio Luiz da Silva¹ e Fabiane Tais Muzardo² concluem que tanto William Glasser como Edgar Dale “não criaram uma hierarquia de estratégias mais eficientes, muito menos associaram tais estratégias a porcentagem de sucesso ou insucesso na aprendizagem.
Eles afirmam também que “em algum momento essa associação foi realizada e transformou-se, com o tempo, em argumento de autoridade.”
- Fábio Luiz da Silva é Doutor em História. Professor do Programa de Pós-Graduação em Metodologias para o Ensino de Linguagens e suas Tecnologias;
- Fabiane Tais Muzardo é Doutoranda em História. Professora do Curso de Licenciatura em História.
Em outro artigo intitulado “Why the ‘learning pyramid’ is wrong” (Por que a ‘pirâmide de aprendizagem’ está errada), a articulista da editoria de Educação do jornal estadunidense The Washington Post, Valerie Strauss, argumenta em seu artigo que apesar de “algumas atividades mentais serem melhores para o aprendizado do que outras”, muitas variáveis podem afetar a assimilação.
Um dos exemplos dessas variáveis citadas no artigo é o que os sujeitos sabem sobre o conteúdo a ser retido. Afinal, se o aluno já sabe algo sobre o assunto, a assimilação de uma nova informação certamente será muito melhor.
Já sabemos pela experiência pedagógica que a variedade de estímulos pode aprimorar muito o aprendizado.
No entanto, saber quais deles são mais eficazes é uma tarefa que requer uma abordagem individual para cada pessoa.
Nesse sentido, a variedade de estímulos aplicada de forma personalizada pode tornar o aprendizado bem mais envolvente e eficaz por meio de um aprendizado ativo.
Aprendizado além dos números
Mesmo que algumas experiências de aprendizagem venham mais facilmente à mente do que outras, a retenção de acordo com as situações onde a aprendizagem ocorreu não pode ser representada por números.
Mais importante do que uma hierarquia numérica é a forma como o aprendiz se relaciona com o conteúdo. A quantificação da retenção na pirâmide da aprendizagem tem sido questionada, mas os pedagogos e especialistas concordam que a variedade de estímulos enriquece e estimula a aprendizagem.
Afinal, um dos fundamentos da teoria de William Glasser continua valendo e sem questionamentos: quanto mais o aluno se relaciona com o conteúdo, mais ele aprende.
A aprendizagem ativa é uma abordagem que busca o envolvimento do aprendiz com o material do curso. Isto se dá por meio de discussões, resolução de problemas, estudos de caso, dramatizações e outras abordagens.
Elas atribuem mais responsabilidade ao aluno em seu processo de aprendizagem.
Metodologias ativas X Pirâmide de Aprendizagem
As metodologias ativas procuram instigar o raciocínio do aprendiz por meio da combinação de diferentes estímulos didáticos, muitos deles descritos na pirâmide de aprendizagem.
Elas estão baseadas em três pilares principais:
- O protagonismo do aprendiz na busca pelo conhecimento;
- A construção de novos conhecimentos partir dos conhecimentos prévios e da experiência pessoal;
- Os recursos didáticos proporcionam experiências significativas para a melhor assimilação.
Nesse sentido, apesar de não podermos quantificar ainda os níveis de retenção de acordo com o tipo de abordagem, as formas mais envolventes de aprendizagem trazem resultados mais concretos e duradouros.
Fazer uso das metodologias ativas certamente ajudará a proporcionar um treinamento mais envolvente e eficaz.
Tecnologias que ampliam as experiências educacionais
Além disso, recursos tecnológicos como simuladores, vídeos interativos, fóruns online e plataformas de estudo vêm tornando o processo pedagógico mais envolvente.
Isso acontece à medida que engaja os alunos com atividades envolventes e desafiadoras.
Outra vantagem é o fomento da construção coletiva do conhecimento onde os alunos colaboram entre si em prol do aprendizado.
Essas estratégias colaborativas podem ser vistas em diversas metodologias ativas: Aprendizagem Baseada em Projetos, Estudos de Casos, Aula Invertida, Jogos e Dinâmicas, além de muitas outras.
Em todas elas, o instrutor ou facilitador deve estimular a curiosidade dos alunos e proporcionar experiências de forma a instigar o aprendiz a aumentar conhecimentos e aprimorar habilidades.
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