Como montar um treinamento on-line

O processo de montar um treinamento on-line deixa de focar exclusivamente o conteúdo a ser passado para dar mais importância ao principal aspecto do processo de aprendizagem: o aluno, ou seja, o colaborador da sua empresa!

Se a época em que vivemos é marcada pela volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, torna-se imperativo desenvolver seus colaboradores para estarem mais preparados para os desafios atuais. Especialmente quando tratamos de treinamentos e formações técnicas.

Treinamento em tempos de distanciamento social

Agora, com o novo desafio do distanciamento social, imposto pela pandemia da Covid-19, reimaginar a aprendizagem técnica é um desafio e tanto.

E quando o assunto é treinamento on-line, é preciso estar preparado para proporcionar uma experiência de aprendizagem acolhedora e personalizada para as necessidades de cada um dos seus colaboradores.

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Como montar um treinamento on-line para empresas

Para isso existe uma série de soluções pedagógicas que tornam a experiência de aprendizagem plena e motivadora.

É o caso dos objetos de aprendizagem. Trata-se de uma gama de recursos – digitais ou não – que incluem aprendizagem interativa, sistemas instrucionais, sistemas de educação à distância, além de ambientes de aprendizagem colaborativa.

Tudo isso, no entanto, requer cuidados. E hoje vamos falar de uma importante etapa nesse processo: A adaptação do conteúdo em estratégias mistas de capacitação.

Veja a seguir os 5 passos mais importantes quando o assunto é definição de conteúdos.

1 – Selecione apenas o essencial e importante para o treinamento on-line

Já sabemos que a união de diferentes recursos faz do processo de ensino mais eficaz. E para selecionar os recursos mais adequados a um determinado objetivo é preciso avaliar o público-alvo, os indicadores do treinamento e as necessidades da empresa de forma a propor o melhor conjunto de soluções.

Com isso o designer instrucional vai escolher entre os diversos objetos de aprendizagem tais como:

  • aulas conectadas (em tempo real com a apresentação de um facilitador);
  • vídeos explicativos;
  • vídeos interativos;
  • jogos (gamificação);
  • Job aids (peças únicas com conceitos resumidos, para acesso rápido e consulta);
  • infográficos interativos;
  • podcasts;
  • entre outros.

A seleção dos conteúdos deve estar em consonância com o que foi definido para o curso, sempre com vistas a fomentar o que se pretende que os alunos aprendam.

LEMBRE-SE: é a partir dos objetivos de aprendizagem definidos para o curso, que serão selecionados os conteúdos.

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2 – Utilize o visual a seu favor, explore imagens, ilustrações, desenhos etc…

O ser humano sempre produziu imagens como forma de expressar conceitos, ideias e outros aspectos do cotidiano. Desde a arte rupestre até os vídeos interativos, as imagens vem sendo grandes aliadas na transmissão de ideias e conhecimento.

No entanto, as aulas tradicionais são apresentadas de forma linear que podem fazer o conteúdo parecer maçante, provocando assim o desinteresse dos alunos.

A didática moderna, entretanto reconhece os recursos visuais como uma importante contribuição para o ensino à medida que apresentam o conteúdo de forma dinâmica, interativa e bem mais atrativa, o que favorece uma aprendizagem significativa.

FIQUE ATENTO: “Até mesmo a utilização de uma abordagem visual do ensino carece de rigor e objetivos bem definidos. Em muitos casos, os alunos são bombardeados com recursos visuais – diapositivos, filmes, slides, projeções audiovisuais –, mas trata-se de apresentações que reforçam sua experiência passiva de consumidores de televisão.” (Dondis, 2007, p.17).

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3 – Invista em perguntas abertas sobre o tema que estimulem os colaboradores a participarem

Algumas perguntas, quando feitas de forma adequada, podem instigar a curiosidade e fazer o educando refletir sobre o assunto proposto. As perguntas abertas podem ser uma ferramenta essencial para a construção de uma melhor compreensão acerca de determinado assunto.

No contexto da sala de aula (física ou virtual) as perguntas abertas são aquelas em que o aluno  deve elaborar a resposta com seu próprio raciocínio e suas  próprias palavras.

A ideia é  obter mais informações que o que seria possível com perguntas de múltipla escolha ou em outro formato de pergunta fechada.

Boas perguntas compreendem três dimensões: construção, abrangência e os pressupostos embutidos na pergunta.

DICA: No contexto da aprendizagem, o facilitador deve dar preferência para às perguntas que que utilizam “Por quê?”, “Como?” e “O quê?”.

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4 – Ao propor dinâmicas, esteja presente e direcione o aprendizado, assim como no presencial

Se num treinamento presencial o professor reserva um tempo para o debate com os alunos, o mesmo pode acontecer em um treinamento on-line. Esse é o momento em que o conteúdo transmitido é interpretado pelos alunos.

É a hora em que o aluno percebe como seu entendimento acerca do conteúdo se aplica. É também uma oportunidade para que o instrutor avalie a assimilação dos conceitos por parte do aluno.

Trata-se, portanto, de uma etapa muito importante para a internalização do conteúdo proposto e os treinamentos on-line devem sempre buscar formas de proporcionar dinâmicas com os alunos mesmo que a distância.

Por isso, o treinamento on-line deve garantir a chance de debates e dinâmicas sob a supervisão do tutor que, nessa hora, atua apenas como facilitador, de forma a fazer dos alunos os protagonistas do processo de aprendizagem.

Como gerenciar um treinamento on-line

No caso de treinamentos onde todos os participantes se relacionam ao mesmo tempo é recomendado a utilização de webconferências, chat, videoconferência etc.

Existem também maneiras de disponibilizar conteúdos e feedbacks de forma em que cada aluno acesse na hora que lhe for conveniente. Nesses casos podem ser usadas ferramentas como e-mail, fórum, árvores de discussão etc.

Essas modalidades são denominadas como síncronas – quando emissor e receptor dialogam em tempo real, ou seja, ao mesmo tempo – e assíncronas – caracterizada pelo envio de mensagens que serão acessadas em outro momento.

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5 – Fique atento à duração

Um treinamento presencial de 3 horas não pode durar o mesmo tempo se aplicado a distância.

Um aspecto importante a ser considerado em um treinamento on-line é o tempo de exposição à tela ao qual é exposto o aluno. Além de não ser saudável, a exposição excessiva pode não ser tão benéfico à construção de uma aprendizagem significativa.

O tempo de aula e a quantidade de atividades precisam ser calculadas levando em consideração uma gama de ferramentas e estratégias de apresentação dos conteúdos propostos.

Lembramos que as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) apresentadas acima proporcionam abordagens muito mais ricas do conteúdo, ou seja, o volume de informações é bem maior e mais significativo.

Com isso, deve-se ter em mente que é preciso definir uma medida do volume de informação adequado à melhor assimilação por parte do aluno.

Conclusão

Esperamos que essas dicas de como montar um treinamento on-line e que tenha clarificado seu entendimento sobre a melhor adaptação do conteúdo em prol de estratégias mistas de capacitação.

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