Direção Segura: conceitos para aplicar na sua frota

Todos os motoristas, profissionais ou não, são expostos a situações de perigo ao dirigir. Qualquer pessoa habilitada para a direção sabe disso.

Neste sentido, evitar riscos é um exercício contínuo para todos os condutores, e para motoristas profissionais e gestores de frota, este cuidado ganha ainda mais importância. A direção segura nas frotas é um objetivo a ser perseguido de forma incansável por todos.

Afinal, motoristas profissionais são ainda mais expostos aos riscos do trânsito.

Tipos de Direção Segura

A Direção Segura também é comumente chamada de Direção Defensiva. Ela apresenta duas modalidades: preventiva e corretiva.

Veja a seguir o que caracteriza cada uma delas:

Direção preventiva

A direção preventiva é a ideal e recomendada. Ela é caracterizada por uma postura atenta do condutor que se torna capaz de  se antecipar às situações de risco, ou seja, prever o que pode acontecer a partir da observação.

Esse tipo de direção não exige muita habilidade do condutor e é considerada de baixo risco.  Para motoristas profissionais, este tipo de direção pode ser aprimorada por meio da capacitações e treinamentos para aplicar reciclagem dos condutores da frota.

Direção Corretiva

A direção corretiva deve ser aplicada para remediar uma situação não prevista e que não foi antecipada pelo condutor. Exige muita habilidade do condutor e é considerada de alto risco.

A direção corretiva é sempre a última opção, sendo muitas vezes executada por meio de reflexo que, para que seja os mais adequado para determinada situação de emergência, depende da astúcia e experiência do condutor.

Esse tipo de reação ao perigo pode ser praticada por meio de treinamentos com o uso de simuladores de direção.

DICA: Qualquer técnica aplicada pelo motorista que evite acidentes pode ser considerada uma técnica de Direção Segura que também pode ser chamada de Direção Defensiva. Tanto a direção preventiva quanto a corretiva podem ser praticadas por meio de treinamentos e capacitações.

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Os 5 fundamentos para a prevenção de acidentes

A prevenção de acidentes é uma questão fundamental para gestores de frota e motoristas. Cabe ao gestor de frota incentivar a cultura da direção segura na empresa. Para isso, ele deve buscar a conscientização de todos os condutores desses 5 fundamentos:

1 – Conhecimento

O condutor deve conhecer as regras e as leis de trânsito, as características do veículo e os tipos de perigos do trânsito.

2 – Habilidade

É o domínio sobre o veículo que se desenvolve com a prática da direção. Além de saber as técnicas, o condutor deve ter os automatismos corretos para saber como se comportar em cada situação de risco.

3 – Atenção

O condutor deve estar concentrado na direção e sempre alerta e consciente dos riscos que podem surgir no seu entorno. No trânsito, a atenção adequada é a difusa.

4 – Previsão

O condutor deve estar preparado para se antecipar aos riscos, prevendo os atos dos demais motoristas, pedestres, animais e de outras situações que possam ocorrer na via, preparando-se para agir com toda a habilidade possível, caso seja necessário.

5 – Decisão

O condutor deve estar preparado para tomar decisões ao deparar-se com uma situação inesperada, de forma a agir corretamente e com convicção, escolhendo a melhor alternativa para evitar acidentes.

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8 dicas de ouro da direção segura para frotas

Outro assunto que deve ser motivo constante de conscientização entre os condutores de uma frota, são as boas práticas da direção segura. São atitudes simples que se forem adotadas pelos condutores podem reduzir muito as ocorrências de acidentes.

Veja abaixo 8 dicas para estarem sempre na cabeça dos motoristas…

1 – Sempre verifique as condições do veículo antes de sair.

2 – Redobre a atenção quando estiver dirigindo e situações de baixa visibilidade como noites escuras ou neblina.

3 – Dirija sempre com prudência e obedeça a sinalização;

4 – A velocidade deve ser compatível com a regulamentação, as condições climáticas, do trânsito, da via.

5 – Mantenha distância de segurança entre os veículos, sinalize sempre suas intenções.

6 – O acostamento é destinado às situações de emergência, trânsito de Viaturas Policiais, veículos de atendimento médico de urgência, de resgate, e de socorro mecânico.

7 – Respeite o pedestre ciclista e o motociclista. A distância lateral mínima dos ciclistas é de 1,50m.

8 – Atenção em trechos urbanos, principalmente próximo de escolas, passarelas, paradas de ônibus, acessos e locais de aglomeração e deslocamento de pedestres.

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Condições adversas

Sabemos que a direção segura é uma responsabilidade do condutor, mas não se pode controlar tudo. Existe uma série de condições adversas, ou seja, fatores que podem prejudicar o real desempenho do condutor, tornando maior a possibilidade de um acidente.

É importante lembrar que nem sempre as adversidades aparecem isoladamente. Muitas vezes o que causa acidente é uma combinação de fatores tornando o perigo ainda maior.

Veja a seguir as seis condições adversas mais comuns e que aumentam muito os riscos de acidentes.

1 – Iluminação

Refere-se às condições de iluminação da via. Os problemas podem ser tanto da luz natural (sol) como da artificial (postes e faróis). Tanto o excesso quanto a falta de luz podem ser perigosos. Se o excesso de luz causa ofuscamento a falta dela gera dificuldades na visão.

2 – Clima

Os fenômenos da natureza dificultam muito nossa visão e tornam o pavimento liso prejudicando o correto uso do veículo. 

A chuva, o vento, o granizo, a neve, a neblina, a fumaça, o fogo o frio e até mesmo o calor excessivo, diminuem muito a nossa capacidade de conduzir o veículo.

Além da dificuldade de vermos e sermos vistos, as condições adversas de tempo causam problemas nas estradas como barro, areia, desmoronamentos, tornando-as mais lisas e perigosas, causando derrapagens e acidentes.

3 – Vias

Existe uma série de variáveis que definem a dirigibilidade da via: estado de conservação, largura, presença ou ausência de acostamento, quantidade de veículos, entre outros.

São muitas as condições que podem variar em uma via: inclinação, tipo e condições da pavimentação, largura, desníveis, buracos, obras, etc.

4 – Trânsito

Aqui nos referimos a presença de outros elementos (pedestres, veículos, animais, etc.) na via, e também a determinadas ocasiões que interferem na quantidade de veículos, pedestres e condutores de veículos não automotores em circulação nas vias.

5 – Condição do veículo

É um fator muito importante a ser considerado para se evitar acidentes. As condições do veículo está intimamente ligadas à segurança dos passageiros e da carga.

O condutor deve manter o veículo em condições de transitar e responder a todos os comandos necessários, pois não é possível dirigir com segurança usando um veículo defeituoso.

Problemas como pneus gastos, lâmpadas queimadas, defeitos na suspensão e freios desregulados são apenas alguns exemplos.

6 – Condutor

São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do condutor. Cabe a cada motorista saber avaliar suas reais condições ao propor-se a conduzir um veículo.

Existem muitas condições físicas e mentais que podem prejudicar o condutor, sendo as mais comuns: fadiga (cansaço), embriaguez, sono, visão deficiente, preocupação, insegurança etc.

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Conclusão

A direção segura é o conjunto de procedimentos preventivos no trânsito, que primam pela cautela e civilidade. O condutor consciente dirige sempre com o objetivo fundamental de prevenir acidentes, independente dos fatores externos e das condições adversas que possam estar presentes.

Motoristas profissionais estão naturalmente mais expostos aos riscos do trânsito e cabe ao gestor de frota proporcionar boas condições de trabalho e, sempre que possível, capacitações e treinamentos para o aprimoramento técnico/profissional dos condutores de forma a fomentar a prática da direção segura nas frotas.

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