Crise de motoristas: como enfrentar a escassez de profissionais

As responsabilidades de um gestor de frotas não envolvem somente os cuidados com o estado de conservação dos veículos e os gastos com manutenção e funcionários. Também é indispensável ter um olhar sobre a crise de motoristas de caminhão no Brasil.

Segundo estudo da ILOS, consultoria do segmento de logística e supply chain, apenas 4,11% dos condutores de caminhão tinham até 30 anos de idade, em 2024.  Essa pesquisa também aponta que 11,05% dos caminhoneiros profissionais tinham mais de 70 anos. 

Inegavelmente, esses números mostram a dificuldade de renovação de trabalhadores nesse setor. Além disso, indica que há um sério risco de faltar profissionais para o segmento nos próximos anos. 

Neste post, vamos apontar fatores que contribuem para a escassez de motoristas no Brasil. Também destacaremos iniciativas que colaboram para a valorização do motorista profissional. Confira! 

Por que os motoristas estão deixando o mercado? 

Muitos aspectos explicam a crise de motoristas no País. Um deles têm ligação direta com a remuneração. Com a necessidade de cortar custos, muitas empresas optam por oferecer salários que estão abaixo das expectativas dos trabalhadores do setor

No caso dos profissionais responsáveis por sustentar uma família, a remuneração, em muitos casos, não proporciona uma alta qualidade de vida para o caminheiro e os parentes. E isso fica ainda mais evidente na conjuntura atual, em que o custo de vida está mais elevado por causa da inflação. 

Outro aspecto que impacta na carência de trabalhadores é a falta de valorização do motorista profissional. Muitas organizações não optam por planos de carreira que estimulam a permanência do colaborador na empresa. 

Além disso, não oferecem benefícios que colaboram para a retenção do profissional, como previdência privada e adicionais por tempo. Sem dúvida, disponibilizar vantagens que proporcionam um maior bem-estar no trabalho aumenta as chances de o colaborador permanecer na empresa por mais tempo.

Não custa lembrar que a rotatividade de funcionários é um custo muito elevado para as companhias, porque pode envolver a necessidade de fazer um novo processo seletivo. Além disso, exige gastos com treinamento e com a adaptação do novo empregado. 

Condições de trabalho

Longas jornadas, riscos de acidentes, estradas em péssimo estado de conservação e o risco elevado de assaltos são aspectos que contribuem para a crise de motoristas no mercado nacional. 

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) destacou que 46% dos motoristas autônomos já foram vítimas de roubo de carga no Brasil.

É inegável que a insegurança tem um grande peso na crise de motoristas. Isso porque os trabalhadores buscam um emprego que garanta não apenas uma boa qualidade de vida, mas também um bem-estar no ambiente de trabalho.

À medida que as empresas de transporte investem em soluções de segurança para reduzir os riscos de acidentes e de roubos, maiores são as possibilidades de reter a mão de obra. Esse é um aspecto que não pode ser ignorado pelos gestores de frota em hipótese alguma. 

Como valorizar o motorista na prática 

Para enfrentar a escassez de motoristas no Brasil, é necessário adotar uma série de medidas com foco na valorização profissional. Uma delas é optar por uma remuneração justa, que bonifique os empregados por meio de incentivos ligados à segurança e à eficiência, e não apenas à produtividade.

Também vale a pena implantar benefícios não financeiros que podem abranger programas de saúde, apoio psicológico e vantagens relacionadas com a qualidade de vida (folgas, ginástica laboral, entre outras).

Outra iniciativa fundamental nesse sentido envolve a criação de programas de treinamento e de capacitação que possibilitem aos funcionários mais oportunidades de crescimento profissional. 

Logicamente, o uso de ferramentas tecnológicas para facilitar o trabalho e aumentar a segurança também ajudam a proporcionar uma maior valorização profissional. 

E para você entender isso melhor, a recomendação é assistir a este vídeo, em que a CEO da Younder, Claudia de Moraes, destaca a importância do cuidado com o motorista. 

O papel da tecnologia: Como a YDI apoia essa transformação 

Aproveitar o potencial do avanço tecnológico a favor da valorização profissional deixou de ser um diferencial e passou a ser uma obrigação para as empresas. Porém, é vital escolher soluções que impactem positivamente nos serviços e no bem-estar dos trabalhadores. 

Com mais de 1,7 milhões de usuários cadastrados, a plataforma digital da Younder conta com ferramentas que apoiam a empresa e o motorista. Além de treinamentos personalizados, é possível obter dados sobre o desempenho de cada trabalhador e identificar oportunidades de melhoria.

Em outras palavras, a solução da Younder permite não apenas manter os profissionais atualizados, mas também adotar, de maneira mais eficiente, práticas com foco na melhoria dos serviços. 

E com a adoção de uma plataforma dinâmica, uma empresa tem mais condições de executar tarefas importantes para a valorização profissional, como:

● Analisar de forma contínua o comportamento dos condutores; 

● Emitir alertas personalizados para riscos específicos;

● Realizar treinamentos sob demanda baseados nos gaps identificados.

O cenário atual exige investimento em tecnologia e em pessoas para combater a escassez de motoristas no Brasil. E ao adotar medidas que priorizem a valorização profissional, uma empresa será capaz de reter empregados por meio de remuneração justa, educação continuada e ações voltadas para o bem-estar dos colaboradores. Se você gostou deste post, entre em contato conosco para refletir sobre a cultura da sua empresa. Afinal, a troca de experiências é muito importante para superar novos desafios.