O mapa de risco para segurança do trabalho é obrigatório para muitas empresas, com risco de sofrer multas altíssimas para quem não colocar em prática.
Porém, a dúvida de como criar esse mapa ainda circula entre as empresas. Dessa forma, separamos alguns pontos importantes sobre o assunto para te ajudar a entender como fazer um mapa de risco eficiente e dentro das normas.
Então confira neste artigo informações importantes, como: o que é o mapa, qual a sua importância, quem é responsável por elaborá-lo, como construir o seu, qual é a validade e mais. Boa leitura!
Entenda o que é o mapa de risco para segurança do trabalho
O mapa de risco foi criado na década de 1960 por engenheiros italianos, ou seja, existe há várias décadas, mas só começou a ser usado por empresas em 1970, passando a ser obrigatório em 1992. Por ser tão recente no mundo industrial, ainda é foco de muitas dúvidas.
O documento é uma representação quantitativa e qualitativa dos riscos, e deve ser utilizado em risco de acidente físico, químico e/ou biológico no ambiente de trabalho.
Trata-se de uma representação simples para ser facilmente entendida, constituída por cores e círculos de vários tamanhos expostos na planta do ambiente.
Saiba quem é o responsável por elaborar o documento
O mapa de riscos deve ser elaborado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), em conjunto com os colaboradores envolvidos com os processos em questão.
A elaboração deve ser orientada pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Há, também, profissionais da segurança do trabalho e empresas especializadas com as quais é possível contar.
Segundo a NR 5, o mapeamento deve ser feito todos os anos na renovação da Cipa. Dessa forma, o empregador deve, no prazo de trinta dias – contados a partir da data de recebimento da cópia da ata de reunião da Cipa – julgar se é necessário a feitura do mapa para a eliminação dos riscos acidentais no ambiente de trabalho.
Entenda a obrigatoriedade do mapa de risco para a empresa
A Portaria nº 5, de 17 de agosto de 1992, é quem define a obrigatoriedade do mapa de risco para empresas com grau de risco e número de empregados que exijam Cipa.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o mapa deve ser atualizado diante de quaisquer alterações no ambiente. A empresa que descumprir a portaria pode sofrer multas altíssimas.
Quer conhecer outras normas de segurança do local de trabalho? Confira aqui.
Conheça o passo a passo para elaborar o mapa de risco
Cada atividade empresarial promove riscos diferentes, então, contando com os seus colaboradores, é hora de construir um mapeamento eficiente.
Confira o passo a passo:
1) Entender a rotina do trabalho analisado: verificar os possíveis riscos
A equipe responsável pelo desenvolvimento do mapa deve conhecer muito bem os grupos de agentes de risco, representados pelas cores:
- Vermelho: riscos químicos;
- Marrom: riscos biológicos;
- Azul: riscos de acidentes;
- Verde: riscos físicos;
- Amarelo: riscos ergonômicos.
A equipe vai começar o diagnóstico desses agentes da segurança que constarão no mapa. Após a identificação dos agentes na empresa, é preciso estudá-los, entender o grau de cada um e classificá-los de acordo com a Tabela de Prevenção de Riscos Ambientais (NR 9).
2) Saber quais medidas preventivas devem ser utilizadas para evitar recorrências
Depois de identificar quais os tipos de riscos, é preciso também catalogar as medidas preventivas que devem ser utilizadas em caso de risco de acidente. Afinal, a ideia não é apenas classificar os riscos, mas contribuir para que não prejudiquem a saúde dos colaboradores.
A equipe deve definir medidas que previnam acidentes no ambiente de trabalho, incluindo o uso dos EPIs. No caso de máquinas e equipamentos sem proteção:
- Uma maior organização do trabalho e do local de trabalho;
- A devida higienização do local;
- A correta ergonometria do ambiente etc.
Quer entender como prevenir inseguranças e riscos no trabalho? Nós te damos cinco ideias no nosso artigo. Boa leitura!
3) Identificar os indicadores de saúde
Além de acidentes, há outros tipos de riscos existentes, e muitos afetam diretamente a saúde do colaborador, mesmo que a longo prazo.
Por isso, é preciso identificar os agentes de causas diretas e indiretas de doenças no ambiente de trabalho.
É possível identificar esses agentes por meio de entrevistas, escutando o feedback da equipe, assim como no estudo do histórico de acidentes de trabalho, analisando as doenças que os profissionais mais sofrem e que podem ser resultantes da exposição a materiais nocivos e/ou atividades pesadas.
As principais causas de faltas no trabalho também podem servir de indicadores para identificar esses agentes.
4) Elaborar o mapa de risco
Agora que você reuniu todas as informações necessárias para elaborar o seu mapa de risco, lembre-se de que ele deve ser constituído por círculos com as cores que representam os riscos em cima da planta do local de trabalho, no local correspondente do setor no qual está o risco.
O grau de periculosidade é representado pelo tamanho do círculo:
- Círculo de cerca de 2,5 cm de diâmetro: risco pequeno.
- Círculo de cerca de 5 cm de diâmetro: risco médio que pode ser controlado.
- Círculo maior, com 10 cm de diâmetro: risco que pode matar, gerar sérios acidentes, doenças ou mutilações e que consegue ser neutralizado.
Caso não tenha a planta do ambiente de trabalho, o mapa de risco pode ser feito por cima de um croqui do local.
É importante lembrar que, apesar de não exigir atualização anual, o mapa de risco deve ser revisto diante de qualquer modificação no ambiente, como em:
- Novas máquinas;
- Mudanças estruturais;
- Diferentes saídas ou entradas;
- Mudanças de layout;
- Alterações na rotina de trabalho;
- Químicas utilizadas etc.
Gostou das dicas? É hora de construir um clima organizacional saudável e seguro!
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