A preparação dos motoristas não pode ser encerrada na autoescola. Ao adentrar no mercado de trabalho, os condutores profissionais devem manter o seu conhecimento atualizado, a fim de oferecer o melhor serviço e também contribuir para a segurança no trânsito.
Além disso, gestores de empresas preocupados com a qualidade e eficiência de seus serviços, devem estar atentos às questões de segurança no trânsito, a fim de preservar a imagem da sua marca e também zelar pela vida e bem-estar de seus funcionários.
Para ajudar você a saber mais sobre segurança no trânsito e como capacitar o motorista, preparamos este artigo com algumas dicas práticas e dados para você conhecer um pouco mais sobre o cenário do trânsito no Brasil. Leia até o final!
Afinal, o que é cultura de segurança no trânsito?
Cultura no trânsito são os valores, comportamentos e atitudes compartilhados por uma comunidade em relação à segurança viária. Envolve respeito às regras, empatia e consciência coletiva.
A segurança no trânsito, por sua vez, abrange medidas e práticas para prevenir sinistros de trânsito, incluindo educação, fiscalização e infraestrutura adequada.
Ambas são interdependentes, promovendo um ambiente seguro e responsável nas vias, onde a cultura molda comportamentos e a segurança é fruto de uma mentalidade coletiva comprometida com a preservação da vida.
Por que a cultura de segurança no trânsito é importante?
A cultura de segurança no trânsito é importante para promover a educação e conscientização de todos os agentes envolvidos no trânsito, o que aumenta as chances de diminuir sinistros de trânsito, inclusive os fatais.
A imprudência dos motoristas, falta de atenção e negligência, aparecem como principais causas de sinistros de trânsito no Brasil segundo um estudo presente no Atlas de Acidentalidade no Transporte Brasileiro, em 2021.
O Ministério da Saúde aponta que, em 2022, sinistros de trânsito mataram 32.174 pessoas nas ruas e nas rodovias do Brasil. Esse número representa aproximadamente uma morte a cada 15 minutos.
O treinamento preventivo visa justamente corrigir esses comportamentos, conscientes ou não, que levam ao risco. E não é só a empresa que teve um acidente grave ou fatal que deve buscar o treinamento — o ideal é que o risco seja identificado de maneira a evitar o sinistro de trânsito.
É aí que entra a cultura de segurança no trânsito: um conjunto de boas práticas compartilhadas com os colaboradores. Um treinamento e orientações uniformes entre os responsáveis pela segurança do trabalho e condutores ajuda a fomentar esse tipo de cultura.
Mais que isso, o treinamento consegue colocar em contexto os hábitos de risco, fazendo com que o ato de dirigir torne-se mais consciente, o que pode evitar a imprudência e distração.
Como capacitar os condutores para a segurança no trânsito?
Antes de mais nada, é importante saber que o treinamento de motoristas não é opcional.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece uma série de conteúdos obrigatórios para aqueles condutores que irão usar os veículos como fonte de renda — e aqui estão incluídos desde motoristas de caminhões com carga pesada até mototaxistas.
Interessante lembrar também que, mesmo após os treinamentos e cursos obrigatórios, o motorista precisa passar por uma atualização após cinco anos.
- Os cursos obrigatórios, em geral, tratam da segurança no trânsito. O foco é na direção defensiva, leis e normas de trânsito e uso dos equipamentos e tecnologias específicas de cada tipo de transporte.
- Os cursos não obrigatórios podem ser oferecidos pela empresa conforme as necessidades identificadas pelo gestor de frota em relação ao seu time de condutores.
Eles podem abordar a segurança no trânsito e bons hábitos de direção, mas também focar diretamente nas metas e objetivos buscados pela empresa, sejam eles:
- o uso consciente de combustível;
- a redução no número de multas;
- foco na produtividade e na preservação de vidas no trânsito.
Para isso, o gestor de frota deve escolher uma metodologia de ensino e buscar empresas especializadas no treinamento de condutores, que possuam abordagens específicas para essa classe e que promovam ensinamentos sobre segurança no trânsito.
Por que os treinamentos para condutores são necessários para a segurança no trânsito
Está bem claro que a questão mais importante quando se trata de condutores de veículos é a segurança no trânsito. Os motoristas estão na linha de frente dos riscos no trânsito, sendo responsáveis não só pelas próprias vidas, mas também pela vida de terceiros.
Os profissionais da GIG Economy, ou seja, aqueles autônomos que atuam sob demanda, seja de empresas de transporte individual quanto de entregas, são extremamente vulneráveis aos riscos.
Segundo a pesquisa “Desvendando GIG Economy”, feita pela Younder entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2019, 55% desses profissionais passam de 5 a 8 horas diárias conduzindo veículos, com 42,4% encarando jornadas de 9 a 12 horas.
De 2019 para cá o cenário não mudou. Esses profissionais continuam passando muitas horas conduzindo veículos e, como consequência, vulneráveis aos riscos do trânsito. O papel do treinamento está em fazer uma ponte entre a produtividade e a segurança no trânsito, além do bom uso dos recursos da empresa.
Por esse motivo, empresas devem oferecer treinamentos aos condutores, a fim de reciclar seus conhecimentos e conscientizar quanto a práticas saudáveis de direção.
Quais os resultados esperados com o treinamento sobre segurança no trânsito?
Antes de partir para o treinamento, é importante que a empresa defina suas metas e objetivos. Assim, é possível medir o efeito prático do aprendizado no dia-a-dia.
Todo treinamento é um investimento e, portanto, deve ter retorno para a empresa. Alguns dos benefícios são:
Redução de custos operacionais
O uso eficiente do veículo influi de forma direta nos custos de combustível e manutenção, enquanto a direção defensiva e a consciência durante a condução reduzem as multas e sinistros.
Aumento da produtividade
De maneira mais direta, o treinamento de segurança no trânsito faz com que o motorista percorra uma distância maior em tempo menor. Também garante que ele passe menos tempo ocioso, já que sinistros de trânsito significam tempo do veículo parado em uma oficina.
Para a empresa, todos os fatores se traduzem em economia e retorno do investimento. Para o motorista, todos trazem bem-estar e segurança.
Segurança no trânsito no Brasil: dados atuais
Segundo o relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em agosto de 2023, 392 mil pessoas morreram no Brasil em decorrência de sinistros de trânsito no período de 2010 e 2019, representando um aumento de 13,5% em comparação à década anterior.
Dentre os principais motivos de morte no trânsito estão:
- Excesso de velocidade;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Distrações ao volante.
Diante dessa perspectiva, percebe-se ainda mais a necessidade de promover treinamentos sobre segurança no trânsito dentro das empresas.
Esse número de sinistros no trânsito, além do dano moral e social, também reflete em um custo financeiro. O prejuízo relacionado ao conserto dos veículos, os danos às cargas além de dias parados (ou perda permanente em caso de óbito) é de R$50 bilhões por ano, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A busca por uma direção mais segura deve ser constante e pessoas que trabalham na condução de veículos estão diariamente nas ruas e rodovias, por isso o impacto que condutores de frota mais conscientes traz é maior.
Motoristas treinados e capacitados são capazes de:
- Interpretar as informações que possui, como placas de trânsito, normas e sinais de risco;
- Manusear corretamente os equipamentos;
- Fazer uso consciente de recursos como o combustível e o veículo;
- Difundir boas práticas entre os colegas de trabalho;
- Encarar de maneira consciente o ato de dirigir, reduzindo as chances de imprudência ou desatenção no trânsito.
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