Entregas para e-commerce, delivery de comida, serviço de mototáxi…Os motoqueiros exercem diversas atividades diariamente. Mas não é só quem trabalha com esse veículo que está sujeito a acidentes. Quem usa a moto para ir e voltar do trabalho também corre riscos. Assim, para todas essas pessoas, é importante que as empresas apliquem medidas, visando garantir a segurança para motociclistas.
Neste post, entenda como esses profissionais estão sujeitos a riscos diariamente e quais são eles. Veja também o que organizações como a sua podem fazer, a fim de reduzir incidentes com seus profissionais. Boa leitura!
Como anda a segurança para motociclistas?
A questão da segurança no trânsito do Brasil é muito complicada, já que o país é o 5º mais perigoso do mundo nesse aspecto. Dentre os diversos problemas, a segurança para motociclistas é um dos principais. Inclusive, tornando-os uma das principais vítimas das ocorrências.
Um exemplo desse cenário é quando analisamos os dados do Infosiga São Paulo. No mês de janeiro de 2025 ocorreram 468 óbitos no trânsito no estado, o que significa um aumento de 8,3% em relação ao mesmo mês, em 2024. Destes, 204 eram motociclistas, ou seja, quase 50%. Em comparação ao ano anterior, essa taxa representa um aumento de 15,3%, o maior entre todas as categorias.
Ao selecionar o ano de 2024, novos dados apresentam o cenário de quem dirige moto:
- Foram 2.315 óbitos no ano;
- 83% das vítimas eram do sexo masculino e 17% do feminino;
- 92,9% dos óbitos eram de condutores, sendo 63,5% em vias municipais.
- Motocicletas correspondem a 38,3% dos sinistros.
Quais são os principais riscos enfrentados pelos motociclistas?
Ao observar esses dados, notamos como os homens costumam ser os mais envolvidos em acidentes e sinistros, bem como é alta a porcentagem de motociclistas envolvidos. Isso se relaciona diretamente com os vários tipos de risco, que comprometem a sua segurança. Conheça alguns deles a seguir!
Falta de atenção de motoristas
Um dos principais sinistros envolvendo motociclistas é a colisão com outro tipo de veículo, principalmente automóvel. Nesse caso, um dos fatores comuns para a ocorrência é quando existe a falta de atenção do motorista, ao não ver ou ver tardiamente quem está na moto.
Segundo uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP, do Hospital das Clínicas e da Abraciclo, realizada em 2013, o estudo com dados de 326 vítimas apontou diversos cenários.
Dentre os destaques, 49% dos acidentes foram causados por motociclistas, sendo 88% por imprudência. Porém, 51% foram causados por outros veículos, a maioria também por imprudência (84%). Além disso, apenas 18% foram causados por problemas na via e 8% por danos no veículo.
Assim, o fator de imprudência de motoristas, ou falta de atenção, é relevante para analisar o risco para o motociclista, já que em um sinistro, ele é quem está mais exposto. Ou seja, para melhorar o cenário, a conduta de outros motoristas também importa.
Más condições das vias
As condições ruins da via também se tornam um obstáculo na questão da segurança para motociclistas. Isso porque qualquer alteração, como um pequeno buraco, pode oferecer um risco maior a quem está na moto.
Além disso, a questão da falta de sinalização também importa, pois coloca em risco o motociclista, especialmente em cruzamentos, com veículos vindos em diferentes direções.
Por fim, a via também é afetada por más condições climáticas, que por si só oferecem riscos, como derrapamentos na chuva. Aliás, elas também agravam os problemas na via, por exemplo, ao gerar uma enchente e aumentar buracos.
Comportamento de risco
Como mostrou o exemplo de pesquisa da USP, os motoqueiros muitas vezes também têm responsabilidade. Segundo uma reportagem do Estado de Minas, sobre o trabalho dos motoboys, a motivação para ser imprudente tem a ver com melhoria na produtividade. Ou seja, o motociclista busca dirigir mais rápido, para cumprir logo a sua entrega e receber a sua comissão.
Na matéria, as três maiores causas de acidentes apontadas são o excesso de velocidade, o consumo de álcool e o uso de celular enquanto dirige. Além disso, conforme depoimentos, os motociclistas com mais de 10 anos de experiência têm consciência de suas infrações e riscos, mas devido ao trabalho puxado, acabam cometendo-as.
Como as empresas podem colaborar com a segurança dos motociclistas?
Como a segurança para motociclistas depende de vários fatores, é importante que as empresas assumam seu papel em cuidar dos profissionais. Nesse sentido, é possível implementar diversas ações. Veja algumas delas!
Campanhas de conscientização
As campanhas podem ser simples, mas fazem muita diferença no dia a dia. Com o objetivo de trazer consciência aos motociclistas, elas podem envolver ações práticas, que os ajudem a entender o seu papel, além do aspecto do trabalho, mas como cidadãos. Por exemplo, é possível trabalhar com:
- Palestras sobre como é o trânsito no Brasil e na cidade, e quais os riscos reais que os motoqueiros enfrentam;
- Cursos com materiais práticos sobre leis de trânsito, direitos e penalidades dos motoristas;
- Ações sociais, como participação em palestras de vítimas de acidentes de moto.
Além de envolver os profissionais nessas ações, também é importante que, no dia a dia, a empresa busque equilíbrio entre produtividade e direção segura, para que os profissionais não sejam pressionados a cometer infrações.
Oferta de treinamentos
Oferecer treinamentos ajuda o motociclista a entender as melhores práticas de direção defensiva. Além disso, ele pode simular situações de risco e treinar a prevenção.
Incentivo de práticas seguras
A empresa deve a todo momento incentivar a prática segura dos motociclistas. Aliás, isso pode envolver até medidas interessantes para eles, como bonificações especiais para quem passou um ano sem cometer infrações e se envolver em sinistros.
A segurança para motociclistas é essencial e para garanti-la, você pode contar com a plataforma YDI, da Younder. Com treinamentos personalizados, os motociclistas podem ser treinados com conteúdos práticos e receber feedback individualizado.A ferramenta permite diagnosticar o perfil dos condutores e corrigir comportamentos. Assim, a empresa e seus funcionários podem trabalhar juntos para melhorar o trânsito, sem comprometer o seu rendimento. Gostou do post? Conheça mais sobre a YDI da Younder!